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Miguel defende prorrogação do auxílio e defende corte de privilégios

O jornal entrevistou o deputado federal Miguel Lombardi para tratar do início do ano legislativo na Câmara dos Deputados. O parlamentar demonstrou preocupação com os efeitos perversos da pandemia em seus diversos aspectos. Principalmente, em relação a retomada do setor produtivo e a geração do emprego e renda no Brasil. Ele chamou atenção para necessidade de cortar privilégios da classe política que, na sua opinião, deve envolver também as altas autoridades das Forças Armadas, do Executivo e do Poder Judiciário. Miguel também fez um rápido balanço sobre as entregas para Limeira, com destaque para o viaduto da Barroca Funda, e também da nova represa em Cordeirópolis. Acompanhe a exclusive nesta edição especial.

Deputado, qual a sua expectativa sobre o início do ano legislativo.

MIGUEL – José Carlos, temos grandes desafios. O Parlamento tem o dever de propor e votar pautas que ajudem na retomada do setor produtivo. As empresas, principalmente de micro e pequeno porte, são responsáveis por movimentar nossa economia. Por sua vez, temos também ajudar os trabalhadores a recuperar emprego e renda. A pandemia criou muitas dificuldades. Eu conheço de perto este problema e tenho proposto e votado a favor de projetos neste contexto.

A pandemia fechou fábricas. Empregos foram perdidos e, por sua vez, os municípios deixaram de arrecadar. Setores da sociedade tem apoiado aumento de impostos para ajudar a resolver este problema. O senhor também é favorável?

MIGUEL – Não. Sou totalmente contra essa proposta. Eu apoio a reforma tributária. Precisamos de uma forma simplificada de cobrança de impostos, taxas e outras contribuições. Do jeito que está, os mais prejudicados são aqueles que produzem a riqueza do nosso país. Na ponta quem sofre são os trabalhadores, as famílias pobres, idosos, ou seja os que mais precisam. Precisamos simplificar, desburocratizar e promover um ambiente sadio. Só assim vamos ter condições de construir um Brasil pós-pandemia. Considero também que é necessário cortar na carne. O Estado brasileiro é pesado demais.

Quando o senhor falar cortar na carne, o que isso significa?

MIGUEL – Quem acompanhou minha trajetória sabe que sempre fui contra privilégios. Por isso abri mão da aposentadoria especial logo que entrei na Câmara dos Deputados. Também devolvi auxílio-mudança de R$ 33 mil pago aos deputados. Defendi o uso do Fundão de R$ 2 bilhões para o combate a covid-19. Porém o que temos que fazer de forma estrutural é uma reforma administrativa. Assim como há privilégios para classe política, há outros tantos para os altos funcionários do poder judiciário, das Forças Armadas e do Executivo. Todos precisam abrir mão desse privilégio em nome das famílias pobres. Precisamos votar essa reforma, para enxugar o Estado. Torná-lo mais eficiente e sem privilégios.

Quais as prioridades na retomada da pauta do legislativo?

MIGUEL – Sem dúvida a retomada do auxílio emergencial. Temos que fazer isso de forma urgente. Eu conheço de perto as dificuldades das pessoas. Muita gente está sem renda, sem trabalho e não tem outra saída. O Estado precisa socorrer os que mais precisam. Não será fácil porque temos um rombo de R$ 270 bilhões no Orçamento. Mas é nossa obrigação como cristão, socorrer aqueles que mais sofrem. Eu votarei a favor da prorrogação do auxílio. Ao mesmo tempo vou votar contra a Medida Provisória 1023/2020 que muda as regras do pagamento do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Idosos pobres e pessoas com deficiência não podem ser prejudicadas.

Teremos mais investimentos para Limeira e região?

MIGUEL – Eu agradeço todos os dias o voto de confiança que a população da minha cidade me deu. Consegui até hoje um volume de investimento inédito para Limeira: são R$ 350 milhões. O que gerou muitas conquistas. Você pode verificar isso com o viaduto da Barroca Funda. Uma grande obra viária que vamos entregar em breve. Também vamos concluir a alça do viaduto da Ford. Você também pode notar o quanto avançamos na saúde por meio da  modernização do parque hospitalar da Santa Casa. São 44 novos equipamentos. Construímos um novo centro de tratamento câncer. Construímos 4 novos postos de saúde. Reformamos outras 10. Sem falar da nova máquina para tratamento de câncer (COL). Em breve a rede pública ganhará um novo mamógrafo. Todas as entidades assistenciais, 100% delas, receberam um total de R$ 10 milhões recursos para atender melhorar nossa comunidade. Todas essas benfeitorias só foram possíveis porque Limeira tem força hoje em Brasília. Temos novas entregas a fazer e precisamos seguir em frente.

E na região, deputado?

MIGUEL – Olha, outro marco importante é a construção na nova represa em Cordeirópolis. Será o novo cartão-postal da cidade e garantirá fornecimento de água paras famílias da nossa querida Cordeiro.  Conseguimos tudo isso por meio de articulação forte  em Brasília. Quero aqui reforçar o meu compromisso com a população de Iracemápolis. Vamos promover um choque de gestão na saúde com recursos federais. Muitos investimentos vem aí. Rio Claro estamos firmes fortalecendo a Santa Casa com verbas para custeio. Em Araras, já caminhamos bem para instalar um acelerador linear para tratar pessoas com câncer. Preciso agradecer a todos os prefeitos que fizeram essa parceria de trabalho produtiva em favor da nossa gente. O trabalho segue em frente, sempre com objetivo de melhorar a vida das pessoas.